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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sobriedade

Eu ainda penso naquele dia...
INCRÍVEL, mas não dá pra esquecer.
Você achou que não fosse e de repente...foi.
Lembra?? Pula, pula!! Não, não dá, medo...
É só brincadeirinha...
Vai!!
E fui...
Me meti lá, sem querer, nem saber e "CABUUUUUUM"!! Era eu lá.
Sozinha, e triste, e sozinha, e sozinha...
E você não foi, e...
E gostei!!
É...
Não dá pra esquecer aquele dia...
O dia em que não mais deixei de existir.
Eu sem mim jamais ei de ser,
Nem de querer, ou sentir, chorar, sorrir...
eu...
Eu...
EU!!
Sim, EU!! Egoísmo, egocentrismo?? MEU!!
Talvez...
Cheiro meu, gosto meu...
Tudo em mim,
Tudo meu!!
Tudo eu!!
Natural, SÓBRIA!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"E atravessou a rua com seu passo tímido..."

Virou do avesso e voltou a ser ele...
Saiu pela rua de noite,
Olhou para o céu estrelado, admirou...
Pulou, gritou!!
Não se importava com mais nada...
Cantou para as estrelas e sorriu para alguém...
Não se intimidou com os olhares críticos e curiosos.
Ele estava ali e era ele mesmo!!
O que havia de ser melhor??
Como não percebera antes??
Reconheceu seu corpo, observou seus gestos como há muito não fazia...
Era ele SIM!! E gostou disso.
Fez serenata!!
Cantarolou na janela de tua mãe qualquer coisa clichê...
Lembrou dos amigos, ligou, chorou...
Com um deles se embriagou...
Contou histórias, se achou velho, SORRIU!!
Mais uma vez naquele dia ele SORRIU!!
Comprou flores...
Voltou pra casa...
Beijou as crianças e "viajou" ao observá-las...
Sonhou acordado...
Beijou tua mulher,
Onde estão as flores??
Dormiram abraçados...
.........Escuro.........
...Viagem.........
...O FIM.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ainda são diamantes

Para ver e ouvir...
Cantando alguma coisa de Sandy & Júnior (sim é tosco, mas não naquele momento), aos quatro anos de idade, enquanto meu irmão pulava de um lado pro outro, meu pai tocava o violão e minha mãe admirava atentamente; eu observava meu próprio ninho e começava a me formar...
Essa é uma das lembranças mais constantes do meu começo de vida...
Meu pai não dava descanso: "Nara, assim não tá bom!!"; "Ró, pára de pular que você vai acabar se machucando!!"; "Gil, canta essa aqui...??!!"
Era bom...
Éramos nós quatro e hoje ainda somos...
Hora do cochilo da tarde, crianças no colo, vinil do Chico (Buarque) na vitrola...
"O que será, que será??
Que vive nas idéias desses amantes,
Que cantam os poetas mais delirantes,
Que juram os profetas embriagados,
Que está na romaria dos multilados,
Que está na fantasia dos infelizes,
Que está no dia a dia das meretrizes,
Nos planos dos bandidos, dos desvalidos,
Em todos os sentidos,
Será, que será??"
Tem coisas que nunca esqueceremos, até mesmo se nos perdermos...
Tenho me sentido desorientada, é tanta coisa e tudo é tão pouco...
Faculdade, trabalho, estabilidade... é isso mesmo o que eu quero??
Meus exemplos foram sempre tão instáveis e vivos; meus cachorros insanos e fiéis; meus ídolos tão distantes de serem comuns...
Em conversa com meu irmão, confessamos ainda conservar os nossos sonhos de infância e... isso doeu. Sonhos que foram cultivados, alimentados e que hoje nos constrange falar a respeito, mas que estão ali, tão ou mais vivos que antes, a espera do momento de deixar o íntimo...
Só que o tempo passa, estamos cada vez mais inseridos num sistema com o qual nunca fomos obrigados a conviver, a não ser por livre e espontânea vontade, e essa vontade eu nunca tive... Por isso me sinto uma decepção para aquela criança de outrora e para minha família.
Qualquer dia desses eu me revolto e coloco o plano "A" em ação (o qual eu jamais deveria ter pulado ou perdido o esboço), corro atrás de borboletas e do pote de ouro no fim do arco-íris, jogo tudo pro alto e vou fazer do jeito que aprendi.
Viro uma inútil pra sociedade e me orgulharei do que me tornar. Vou quebrar a cara ou ter sucesso naquilo que eu escolher, é um risco. Só procuro coragem pra tudo isso, e ela tá bem perto, pois já posso farejar...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Roda mundo...

Eu quero só ver,
Quando o mundo gritar,
De dor gemer,
De frio tremer,
De amor sofrer,
No fogo arder,
De saudade morrer,
O que irão fazer??
Fingir que não vê??
Mas depois chorar...
E a alma purificar,
De lágrimas se lavar,
E na dor cantar,
No amor amar,
Na saudade acreditar,
Pois o fogo há de queimar...
Mas o mar há de apagar,
Todo o mal que ainda restar...
E o mundo mais uma vez girar...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Já chegou o disco voador!!

Estamos Tanmyres, eu e o COISA...
É estranho...
Eu vi umas anteninhas surgirem da cabeça dele, mas disfarçou...
Achei-o meio esverdeado... (Tenho impressão de que é um ET)
Aliás...
É todo mundo meio estranho por aqui...
Tem um rapaz de mais ou menos 32 anos no pc aqui do lado...
Ele se diverte olhando sites pornográficos...
Creeeeeeeeeeeeeedo!!!!!!!
Eu não entendo...
Eu também acho que as pessoas me veêm diferente...
Talvez eu seja ...(Serei também de outro mundo?? Acho que não...)
Essa UNEB é meio louca...
A Tanmyres não se cansa de digitar aqui do meu lado esquerdo...
(Arrumou alguma forma de usar o msn e tá de namorico)
Lá fora tem gente estranha, se olhando estranho, vivendo estranhamente...
Tá todo mundo meio perdido por "esses lados"...
Fugindo dos seus mundos de origem...
Na real, é todo mundo ET aqui...
OLHA O DISCO VOADOOOOOOOOOOORR!!
(Gritam do lado de fora do laboratório de informática)
Put's!! Perdi a hora...
Minha nave já foi embora!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

...

Eu estava realmente feliz...
E acreditei sinceramente naquele sentimento...
É difícil demais amar um alguém...
Quando tudo desmorona e você se sente só, e não se vê...
É terrível isso!!
Queria ser um pouco menos altruísta...
Para mim, quando você decide se unir a alguém,
Você se compromete a completá-lo...
Eu o amo, isso é indiscutível...
E me amo muito, isso é insuperável!!
Mas sou capaz de me doar...
Não me esqueço ou me anulo,
Por isso não aceito que me diminuam...
Me entrego simplesmente...
Nem sei porque estou escrevendo esse monte de coisa aleatória...
Não sei se deveria...
Mas escrevo e me aquieto...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Anavida ...

É mais ou menos como eu queria ser...
Um dia eu abri a porta do quarto e a vi ali, quietinha,
Observando nada...
Serena, bucólica...
Branquiiiiiiiiiiiinha...
Acho que pálida...
Ela ouve Janis JoplinAcorda todos os dias às 6 da manhã e faz aulas de Jazz e Ballet...
Simpática, baixinha, de óculos...
Não é o tipo de garota que chama a atenção de qualquer um...
Sua beleza vai muito além do superficial...
Fez uma tatuagem pequena no pulso aos 13 anos de idade...
Mal se consegue ler as letras na sua pele formando a frase "Amar além da dor"
Ela esteve em Angra dos Reis após os desastres ocorridos recentemente,
Hoje está no Haiti...
Há três dias não come ( deu toda sua pouca comida para uma família faminta), não dorme, não bebe e nem chora mais... já não tem lágrimas...
Se perdeu na terra que escolheu...
Se doou por causas que assumiu como suas...
Um dia, quando ela virar pó e dela só sobrarem lembranças,
O mundo a reconhecerá...
E ela terá a primeira página inteira nos maiores jornais
E muitos chorarão ouvindo tua história...
E a tornarão Santa
E nada disso fará sentido
E escreverão num lindo epitáfio"Aqui jaz quem já se foi..."
Assim seja...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ostentação

(Suposto depoimento de uma suposta conhecida, que se interessou supostamente falar sobre sua suposta vida, que nem é suposta, nem é vida, é só suposição)
Tenho 30 anos de idade...
Adoro luxo...
Só frequento restaurantes Classe AAAA - se é que existe
Tênis?? Ahhhhh... tem que ser caro, o resto não importa...
Roupas?? Também...
Perfume - Francês;
Esporte - Golfe;
Música - Clássica, jazz, blues;
Nada muito popular me agrada (ou pelo menos finjo que é assim)
Se não tenho, devo aparentar gosto apurado...
Não sei ler partituras, mas adoro...
Não toco nenhum instrumento, mas é como se eu dominasse vários...
Minhas mentiras de ontem, se tornaram hoje minhas maiores verdades...
Elas se misturam, se fundem
E eu já não sei quem sou...
Ou o que tenho, ou o que quero ter
Sou fruto da minha imaginação
E eu imagino ter o que não sou...
E eu sou o que não tenho...
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(Bem, às vezes esse tipo de coisa me deprime...Eu tinha que escrever algo do tipo... Saiu isso... Taí...)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A bundinha fosforecente...

Era só eu...
Mais ninguém...
E de repente...
Nada fazia sentido...
Olhos, faces, bocas, pele...
Aqueles velhos sonhos, aquelas lembranças...
Onde estão?? Cadê a minha vida??
Puta que pariu!!
Onde estão meus óculos?? tá escuro...
Como enxergarei as pegadas??
Nada...
Nada mesmo...
Restos, pedaços, cacos, migalhas... NADA!!
Não encontro...
Sumiram, se foram...
Existiram??
Não sei... passaram...
Parei um pouco, respirei, olhei para o lado...
Algo piscava, e piscava, e piscava...
Andei naquela direção, podiam ter sido horas ou dias inteiros...
Mas não devem ter passado de segundos...
Era um vagalume!!
O vagalume e sua bundinha fosforecente...
Ele ali comigo... só nós dois...
Quanto tempo ele teria vivido ali sozinho naquela escuridão antes de mim??
Não sei...
Mas ele tinha luz... e brilhava, brilhava mesmo sem algum espectador...
Talvez a espera de alguém como eu para admirá-lo, treinando o seu grande espetáculo...
Talvez para o óbvio, se iluminar...
Porém, pra mim, naquele momento de quase diálogo ele só piscava...
E sua luz brilhava e sua vida passava...
Sua bioluminescência se esvaía...
E eu??
Acordara daquele sonho e jamais esqueceria daquele nosso momento...
De viver como ele, dando um espetáculo pra mim mesmo, me iluminando...
Sem intenção alguma além de piscar...
Sim... porque os centésimos de segundos no escuro me impulsionariam a brilhar dali em diante...
Synara Flores