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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A bundinha fosforecente...

Era só eu...
Mais ninguém...
E de repente...
Nada fazia sentido...
Olhos, faces, bocas, pele...
Aqueles velhos sonhos, aquelas lembranças...
Onde estão?? Cadê a minha vida??
Puta que pariu!!
Onde estão meus óculos?? tá escuro...
Como enxergarei as pegadas??
Nada...
Nada mesmo...
Restos, pedaços, cacos, migalhas... NADA!!
Não encontro...
Sumiram, se foram...
Existiram??
Não sei... passaram...
Parei um pouco, respirei, olhei para o lado...
Algo piscava, e piscava, e piscava...
Andei naquela direção, podiam ter sido horas ou dias inteiros...
Mas não devem ter passado de segundos...
Era um vagalume!!
O vagalume e sua bundinha fosforecente...
Ele ali comigo... só nós dois...
Quanto tempo ele teria vivido ali sozinho naquela escuridão antes de mim??
Não sei...
Mas ele tinha luz... e brilhava, brilhava mesmo sem algum espectador...
Talvez a espera de alguém como eu para admirá-lo, treinando o seu grande espetáculo...
Talvez para o óbvio, se iluminar...
Porém, pra mim, naquele momento de quase diálogo ele só piscava...
E sua luz brilhava e sua vida passava...
Sua bioluminescência se esvaía...
E eu??
Acordara daquele sonho e jamais esqueceria daquele nosso momento...
De viver como ele, dando um espetáculo pra mim mesmo, me iluminando...
Sem intenção alguma além de piscar...
Sim... porque os centésimos de segundos no escuro me impulsionariam a brilhar dali em diante...
Synara Flores

5 comentários:

  1. Essa é minha irmã...
    e vai virar musica!

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  2. Hehehehe...
    Obrigada, mas...
    O compositor da família é vc...
    rsrs

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  3. Muito simpático o título. Adorei.
    'Bundinha Fosforescente'
    HAahauaua

    Belo texto.

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  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  5. Meu Deus!!! Minha Dindinha é uma filósofa!!
    Adorei...Beijos

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